Os custos associados ao material rodante representam uma alta porcentagem do custo total de operação da máquina de esteiras. O impacto nos custos de manutenção durante a vida total da máquina pode atingir 50% dos custos totais.
Isto porque, durante seu uso, o material rodante está sujeito a tensões e agentes externos que, com o tempo, levam ao desgaste de seus componentes. Um material rodante que não está funcionando bem não só reduz a eficiência do veículo, mas também pode danificar outras peças, afetando seriamente a produtividade e os custos.
Como qualquer outro componente essencial, o material rodante requer, portanto, a devida atenção e boas práticas para prolongar sua vida útil, diminuindo o desgaste e permitindo uma economia considerável em termos de custos de manutenção.
Há muitas definições para este fenômeno. A American Society for Testing and Materials (ASTM) define o desgaste como uma perda mecânica de material que ocorre devido ao contato entre duas superfícies. Geralmente, e a título de exemplo, podemos falar de:
O desgaste, no material rodante, é causado principalmente pelos dois primeiros desses mecanismos, e pode ser agravado por três fatores principais que, felizmente, conseguimos administrar e controlar, que são:
Neste artigo analisamos o primeiro fator, ou seja, os hábitos incorretos dos operadores ao utilizar a máquina, especialmente em relação à velocidade, embora a carga desempenhe um papel igualmente importante nesses hábitos.
A longo prazo, os componentes do material rodante em máquinas com esteiras de aço ou borracha irão se desgastar. Todavia, existem maneiras de limitar esse processo inevitável, como um gerenciamento correto no dia a dia da máquina e do material rodante. A melhoria da técnica operacional permitirá evitar os hábitos incorretos que causam rupturas, custos extras e quedas na produtividade. Aqui estão os 7 erros mais comuns no uso de máquinas que devem ser corrigidos para conseguir com o material rodante que dure mais tempo, retardando o processo de desgaste, que é inevitável.
1. Elevada velocidade de avanço e marcha a ré
Por vezes pode ser útil trabalhar em alta velocidade, mas este hábito acelera o desgaste do material rodante e de suas peças, tais como elos, buchas, roletes e rodas-guia e motrizes. Geralmente, é preferível trabalhar com plena carga mantendo uma baixa velocidade do que trabalhar a meia carga com uma velocidade superior. Embora possa não parecer, a primeira solução permite fazer o trabalho mais rapidamente, economiza combustível e evita o desgaste prematuro do material rodante. Também pode ser arriscado trabalhar em marcha à ré, seja em alta ou baixa velocidade. Em particular, a inversão acelera o desgaste das buchas e da roda motriz. Portanto, é aconselhável limitar o uso de marcha ré para quando estritamente necessário, somente para curtas distâncias e sem nunca acelerar demais.
2. Movimentos desnecessários
Alguns operadores tendem a utilizar o veículo de esteiras também fora da área de trabalho, por exemplo, durante o intervalo do almoço. Isso faz com que o material rodante se desgaste mais rapidamente, em detrimento da produtividade, afetando o consumo de combustível. Para deslocações não inerentes à operação, é recomendável utilizar outros veículos mais apropriados.
3. Mudanças rápidas de direção
A contra rotação de uma máquina com material rodante acelera o desgaste de seus componentes e gera cargas elevadas e não produtivas que agravam o fenômeno. Portanto, é melhor não utilizar esta técnica a menos que as condições de trabalho o exijam: geralmente, nunca são realmente necessárias mudanças de direção bruscas. A melhor solução é girar a máquina gradualmente enquanto avança lentamente para frente ou em marcha à ré. As voltas graduais são mais fáceis de executar, minimizam os solavancos e o desgaste do material rodante, limitando os danos causados por possíveis falhas das peças envolvidas.
4. Girar sempre para o mesmo lado
5. Uso incorreto da lâmina do trator de esteira
6. Inclinação incorreta do ripper
7. Avançar no lado da roda motriz
Na próxima edição falaremos em detalhe das outras duas causas, ou seja, a carga e a presença de materiais abrasivos externos, que têm um impacto mais específico no desgaste do material rodante.
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